Não sei se coloco uma música pra tocar enquanto escrevo neste notepad o post que eu ainda não sei se postarei no meu blog.
Tenho medo de ter algum problema de saúde, e pior, que meu estado emocional esteja relacionado a isso. Tenho trabalhado mais que o normal ultimamente, durmo as 2, acordo as 5, cochilo na viagem. A verdade é que posso sentir meus ossos rangendo... eu disse isso hoje mesmo pro Thiago. E em meio a essa canseira toda, quando fico mal emocionalmente, parece que é bastante pior.
Eu prometi pra mim mesmo que não escreveria perificus¹ de sentimentos aqui, mas também prometi uma série de coisas que nunca cumpri.
Prometi que o meu filho se chamaria Supla, na sexta série eu acho, prometi que não comeria mais Mc esse ano, prometi que iria amar pra sempre, uma, duas, três, quatro... cinco vezes. Tudo bem que da ultima vez tenha sido um "replay" da segunda. Acontece que eu prometo demais, e geralmente não posso cumprir minhas promessas... eu tento, juro. Pode parecer que não, mas eu tento.
Eu não tenho nada pra oferecer pra ninguém, me tornei dependente do meu trabalho, tenho medo disso se intensificar, medo de as pessoas começarem a me esquecer, como vem acontecendo.
Em seis meses, as coisas mudam demais... demais mesmo. No dia 9 de Abril de 2010, eu trabalhava em um estágio, saía às 15hrs, corria as noites pelo parque, era muito auto-confiante e as pessoas me queriam por perto.
6 meses e uma dose de coisas erradas depois, ja não sou o mesmo cara, aliás, nem perto de ser.. eu fujo de algumas coisas, fujo de mim.
Algumas coisas acontecem e é impossível de acreditar, de verdade. Só sei que se eu pudesse editar alguns de meus defeitos, o primeiro com certeza seria a minha 'inabilidade' de esquecer as coisas. Minha memória brinca comigo todo o tempo.
As coisas que marcam pra mim, são praticamente impossíveis de se esquecer.. não consigo esquecer por exemplo, a etiqueta de uma calça jeans qualquer. Não me lembro muito bem da cor, do modelo ou do tamanho, mas a etiqueta foi algo que memorizei. Lembro-me também do gosto do quiabo e do sangue O Positivo, apesar de nem sequer saber qual é o MEU tipo sanguíneo.
Anyway.. prefiria esquecer esse tipo de coisa. Sempre preferi esquecer muita coisa, mas não consigo, e ainda não aprendi a usar nada dissso a meu favor.
Sinto forte dores de cabeça quando estou cansado e lembro tais coisas.. sei lá, é como se meu cérebro até tentasse rejeitar, mas é dificil, uma guerra interna em meu corpo.
Estou eu lá, sentado na minha mesa do trabalho e "puff", aparece um pequeno leprechaun de terno preto e cartola na cabeça, dizendo: "Ei, vai lá cara, faz o que tem que ser feito, você é o máximo!".. minutos depois, geralmente depois que eu já fiz a cagada toda, escuto um outro "puff", e me aparece eu, em forma pequena dizendo pra mim mesmo: "Porra velho, tu é burro mesmo hein, não acredito que você fez isso, e pior, deu ouvidos a um leprechaun, caralho, quantas vezes tenho que te dizer que leprechauns não existem? . Pô na boa, não fode mais!".
Isso claro, foi apenas uma simulação dos meus pensamentos e da minha conciencia, quando a começo a me lembrar de coisas involuntariamente.
Sei lá, ja me conformei que sou assim, e infelizmente não é o normal, vejo que todas as pessoas tem uma facilidade descomunal de esquecer as coisas, e eu simplesmente não tenho, não consigo.
Sou dominado pelo emocional, mesmo quando procuro ouvir a razão, faço as coisas que precisam ser feitas, que precisam me satisfazer. Não julgo isso errado, acho que sou mais certo do que muitos poderiam ser, mas isso é errado comigo na maioria das vezes... ser honesto demais com as pessoas, torna as coisas mais dificeis pra mim mesmo.
Eu preciso de mudança, e isto é um fato, não é uma dúvida.. eu quero e eu vou mudar, eu posso, eu consigo. Sinto saudades de uma série de coisas que nunca tive realmente, e isso é superficial, foi aliás. Hoje, preciso ter mais tato, pra que coisas ruins não voltem a acontecer. Sei simplesmente tudo sobre o que preciso saber, e da próxima vez acho extremamente dificil eu cometer os mesmos erros.
Não quero de volta o que nunca me pertenceu, só quero de volta aquilo que me foi tirado... meu sorriso no rosto e minha confiança de poder mais.
Perificus¹ = coisa nenhuma.
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